Boa noite a
todos vocês meus caríssimos.
Certa vez num
consultório médico...
_ Boa tarde,
sente-se e fique à vontade. Disse o médico educadamente.
_ Muito
obrigado. Respondeu o paciente em tom duvidoso.
_E então
rapaz, o que você está sentindo?
_Bem, na
verdade eu gostaria de saber qual a sua especialidade.
Perguntou o
paciente com naturalidade.
_Como?
Indagou o médico com certo espanto.
_Sim, a sua
especialidade.
_É, eu sou
ortopedista. Respondeu o doutor com obviedade.
_Ah sim. Só
um minuto que eu vou ligar para minha esposa.
O paciente começou
o diálogo com a esposa:
_Minha linda,
por que você marcou um ortopedista para mim?
Ao ouvir a
pergunta o médico fita o paciente com um olhar de estranheza.
_É o seu
cotovelo. Esqueceu? Respondeu a esposa impressionada.
_Ah, claro.
Beijão.
O paciente
vira para o médico com um semblante misto de dor e embaraço e diz:
_Olha, eu
estou com meu cotovelo muito dolorido. Muito mal mesmo. Mas tá demais!
Perplexo o
médico mirou o paciente por alguns instantes e imaginou se não seria o caso de
indicar um psicanalista. Ir a um consultório sem saber a especialidade do
médico e o porquê de se estar ali é uma coisa preocupante. Como se não bastasse
o MegaMico, o paciente chamou o médico de Edward, pronunciando Ediuar, como no
inglês. E a pronúncia certa era Edvar, como na periferia de Santa Luzia e no
sertão da Paraíba.
Bem
caríssimos, nesta semana estive num consultório para participar do exame de
ultra-som. Estava na expectativa de saber o sexo da criança. Eu, como o
paciente que descrevi acima, tenho grande dificuldade de me portar bem em
consultórios médicos. Pra não dizer que tenho certa antipatia da categoria.
Não consigo
agir com naturalidade nem no trivial procedimento de coleta de sangue. Guardo
uma mágoa danada de quem me fura com uma agulha.
Começou o
exame e eu super tenso. O médico percebeu que o bebê estava posicionado de
maneira que o sexo não ficava visível. Por isso começou desgraçadamente a
apertar, sacudir, friccionar, cavucar o sensor contra a barriga da Amanda. Na
hora pensei no quão incauto estava sendo aquele sujeito. A Amanda, minha sogra
e a menina que auxilia o médico estavam tranqüilas com o procedimento nazista.
Eu já estava me sentindo como o pai que vê o filho levar um baculejo da
polícia.
_ Mão na
parede rapá, abre as pernas!!!
Como assim?!
Ficar incomodando o menino desse jeito.
Em seguida o
sacripantas repetiu a atrocidade!!!
Aí não meu
velho, aí cê pulou o corguinho! Aí cê pisou na mãe riscada no chão!
No impulso
falei:
_ Não faz
isso mais não. O sexo eu fico sabendo no mês que vem ou quando der.
Porém acho
que falei num tom meio pesado. Com tradução seria assim:
[translation mode activate]
_ Cara, se
você fizer isso de novo esse consultório vai ficar pequeno.
Amanda e
minha sogra morreram de rir da minha preocupação besta. A moça auxiliar ficou
meio assustada e o médico tentou me tranqüilizar dizendo que aquele
procedimento era normal. Do alto da minha incipiente sabedoria paterna,
respondi:
_ Não é não!
Nesse pé
fomos até o fim do exame. A criança deve ter achado graça do meu comportamento
ou pirraçou com médico e se escondeu mais ainda.
Saí de lá
meio brabo. Pra no outro dia saber que o cara é um profissional super gabaritado
e respeitado em Belo Horizonte. Putz! Que coisa...
Até o momento
uns 20 tiraram sarro da minha cara. Mas ainda acho que eu estava certo e o mais
importante é que vai tudo na paz com o herdeiro. Graças a Deus.
Gostaria de
parabenizar todas as mulheres da Lista pelo Dia Internacional da Mulher. Vocês
são demais!!!
Por fim, bem
menos importante, falemos de futebol. O Galão da Massa venceu o The Strongest da Bolívia. O time dos
pataxós dos Andes veio numa retranca típica. O jogo estava tão congestionado
que só chovendo activia pro primeiro
gol do Galo sair. Vale lembrar também que no primeiro tempo o goleirinho sem
pescoço catou muito. O time “Mais Fortão de Todos” ainda conseguiu marcar um
gol na bobeira da defesa mineira. No fim a cena mais curiosa foi a do time e
delegação bolivianos pedindo para bater fotos ao lado do Ronaldinho. E por
falar nele, aprendeu de novo a converter pênaltis. Ainda bem e melhor assim,
pois o dentuço é um gênio e sempre me passou a impressão de ser muito boa
praça.
Caríssimos,
sem ser cara de pau, mas usando óleo de peroba para barbear. Peço que visitem
minha recente coluna num site de MMA no link abaixo. Quem gostar pode curtir e até mesmo
comentar. Eu agradeço desde já.
Grande
abraço a todos vocês meus caríssimos e até a próxima.
PS. Ok
caríssimos, eu confesso. O paciente do início do texto era eu.
7 comentários:
UM DIA NO DENTISTA
Dias atrás li uma crônica do meu desconhecido amigo João Neto, cunhado de Christiano e irmão de Isis, visite-o (http://centraldeideias1.blogspot.com.br/) em que abordava suas experiências quando de suas visitas à consultórios médicos, foi ai que lembrei da ultima intervenção na minha arcada dentária que ocorreu mais ou menos assim:
Cheguei no gabinete odontológico, me apresentei na recepção onde declinei a intenção de promover uma assepsia nos dentes, fui encaminhado para o interior da "sala de torturas" onde tomei assento numa daquelas cadeiras que te imobiliza sem permitir alternativas para uma eventual rota de fuga. Aos lados, os braços te abraçam, pela frete a sua algoz com aquela indumentária de ufologista, munida com toda sorte de material estranho mas de aplicação óbvia, naquele momento então a única e ultima esperança é ser abduzido ou resgatado por uma força tarefa altamente especializada, criada pela ABFA "associação dos banguelas felizes e assumidos".
Nunca gostei da tal anamnese, parece que só te entrevistam para ter a certeza de que quando da execução da tarefa vão verdadeiramente te "sacanear". Veja no meu caso por exemplo em que queria uma simples limpeza em todos, eu disse... Todooos os dentes, não é que a danada da competente profissional se preocupou exatamente com o que não lhe encomendei, pois foi exatamente numa falha dentária que tenho a anos e que com ela convivo muito bem obrigado, que despertou o seu interesse, e quem ali estava para uma simples e despretensiosa limpeza, estava a discutir o nada, o espaço vazio, o buraco negro da boca e de lá sai com dada e hora marcada para realizar um implante.
Dias depois estava o "sem vergonha" de curta memória "estatuado" naquela infausta e agourenta cadeira, enfrentando o ritual macabro, agora para implantar um dente e com isso ganhar melhor sorriso, a propósito, resgatar o sorriso de alguém cujo trauma provocado iria bloquear toda e qualquer possibilidade de voltar a sorrir.
A "lunática" se apresentou com aquele olhar estranho por de traz de um óculos inspirado nos modelos herdados dos laboratórios nazistas, e a ariana do primeiro reich, vestida a rigor e para harmonizar ainda mais, portava uma seringa com uma agulha de gigante calibre que lhe credenciava a engolir uma bala de canhão, fosse a tal anestesia um néctar de fina flor, poderia perfeitamente ser sugada pelo bico de um colibri ali mesmo onde se encontrava armazenada.
Muito prazer Barroso.
Gostei muito do seu texto. Daí fico mais tranquilo ao saber que não sou o único a considerar as crueldades dos açougueiros.
Grande abraço.
Meu irmão... você se supera!!! Como conheço até os buracos que os bichos de pé da nossa infância na Santa Luzia dos nossos olhos, sei que não há exagero ou paródia nas suas palavras!!!
Que a Amanda possa suportar a "galinha choca" na qual você está se transformando (como tio vc já era um chato, como pai será INSUPORTÁVEL!!!).
Te amo muito! Não deixe de escrever... faz-nos um enorme bem!
Bjos
Meu Deus, isso aqui virou briga de cachorro grande. O sujeito que tem o texto acima como comentário de um texto, é no mínimo... sei lá, um agraciado de escrita fodástica, com o perdão da palavra.
Nélio, que saudades!!! Você por aqui.
Como bem disse Branquinha, seus textos nos fazem um bem enorme. Estão a cada dia melhores.
E aqui, seu tom de comédia irônica disfarçada besta intelectual meio-ácida é na medida.
Belo texto meu camarada. E aqui, tô te mandado um curso de pai de 1a viagem On Line que vai te ajudar. Quando for minha fez você me devolve a gentileza.
No mais, sempre bom lê-lo.
Comédia irônica disfarçada besta intelectual meio ácida é demais!!!
Escreva Nélio! Escreva!
Postar um comentário