Boa noite a todos vocês meus caríssimos da Lista
Futebolística.
Disse Tom Zé: “O Amor é um Rock e a personalidade dele é um
Pagode.”
Digo eu: o Futebol é uma Valsa com comportamento de Arrocha.
Não é que é mesmo?!
Até convite para ir ao Independência recebi. Obrigado aos
amigos que responderam com carinho, empolgação e (putz) elogios à última
crônica. Bem que eu acho que não se trata exatamente de crônicas estes textos,
é pesado o termo para um descompromissado com o escrever como eu. Considero-me
um irresponsável cismado a “entendedor” de futebol... Mas é exatamente por isso
que escrevo, porque o bom do Futebol é comentar e expor a opinião com
veemência, levantando a poeira dos ambientes. É quase uma prática plena da
democracia e nada mais neste lindo país é capaz de extrair a opinião alheia com
tanta rapidez do que o Futebol.
Quando moleque, na saudosa Rua Turquia, meu avô Nilson
chegava à turma da pelada e comentava a respeito de algum acontecimento da
rodada anterior ou fazia uma previsão da rodada seguinte; sempre um ponto de
polêmica. Inflamava a todos e até o mais calado se expressava com tom de
palanque eleitoral. Detalhe, naquelas rodas era praticamente proibido
(subjetivamente) discutir religião ou política. Aí não, isso fere a opinião do
amigo. Ora, uma coisa tão pessoal...
Daí para xingamentos e ofensas era um pulo. Começavam a
expor uma imensa quantidade de argumentos e estatísticas; por pouco não saía
uma prova de média e desvio padrão a fim de atestar o que era defendido por
cada torcedor. Até gráfico de Pareto vi ser riscado no chão para explicar o
rendimento de certo jogador e/ou time; não que nós soubéssemos o que era um
gráfico de Pareto, todavia era preciso explanar... Explanar era preciso. Viver
não...
Nesse meio entravam os mais velhos assegurando que Reinaldo
era melhor que Pelé e Tostão que Romário - naquela época eu não concebia a
hipótese de alguém ser melhor que o Baixinho.
Até menino pequeno entrava na celeuma.
Certa vez uma senhora, que era técnica do time do Cristal de
São Benedito e chegada numa cachaça, disse-me que já tinha batido uma aposta de
que se o Cruzeiro perdesse um clássico comeria meio quilo de merda. Merda
mesmo!
Bem, segundo ela, os celestes venceram com sobra o clássico;
vai saber... História é história...
Mas o que eu queria dizer é que no final, quando as
gargantas já tinham se secado pelos debates incandescentes, o vô Nilson já
estava longe há muito tempo. Ele apertava o gatilho daquele pandemônio e ia pra
casa numa paz tibetana. Entendi que dava pra se discutir Futebol até o fim dos
tempos... Êita vida besta meu Deus!
Bem, por hoje chega de falar das coisas que eu vi há mais de
48 horas.
O Galo fez um jogo nervoso (pelo menos pra mim) no domingo,
mas mostrou qualidade técnica e encaçapou três no “poderoso” campeão da Copa do
Brasil. Será que o Palmeiras vai disputar a Libertadores na segundona do
Brasileirão... Enfim, pra mim não faz a mínima.
Os celestes começaram danando o “Ixpor” e aceitaram a
caçambada dos nordestinos. Olha, não sei bem o que pensam os cruzeirenses a
respeito do time, mas o que vi nos jogos foi uma correria meio desorganizada do
time azul. Vai meio ao toque de caixa e na boa fé da raça. Montillo, nos jogos
que vi, sente falta clara de um jogador que seja para tabelar com inteligência,
acho até que um meio fio ajudaria mais o pobre – quem já tabelou com meio fio
sabe do que estou falando. Sinceramente, esse cara é o Hermano que os
cruzeirenses deviam carregar com todo carinho, mais até que o Sorín. Complicada
a situação do argentino.
No mais é bola pra frente (diferente da seleção do Mano).
Grande abraço a todos vocês meus caríssimos.
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