sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Lista Futebolística 09set2012


Boa noite a todos vocês meus caríssimos da Lista Futebolística.

Disse Tom Zé: “O Amor é um Rock e a personalidade dele é um Pagode.”
Digo eu: o Futebol é uma Valsa com comportamento de Arrocha.

Não é que é mesmo?!

Até convite para ir ao Independência recebi. Obrigado aos amigos que responderam com carinho, empolgação e (putz) elogios à última crônica. Bem que eu acho que não se trata exatamente de crônicas estes textos, é pesado o termo para um descompromissado com o escrever como eu. Considero-me um irresponsável cismado a “entendedor” de futebol... Mas é exatamente por isso que escrevo, porque o bom do Futebol é comentar e expor a opinião com veemência, levantando a poeira dos ambientes. É quase uma prática plena da democracia e nada mais neste lindo país é capaz de extrair a opinião alheia com tanta rapidez do que o Futebol.

Quando moleque, na saudosa Rua Turquia, meu avô Nilson chegava à turma da pelada e comentava a respeito de algum acontecimento da rodada anterior ou fazia uma previsão da rodada seguinte; sempre um ponto de polêmica. Inflamava a todos e até o mais calado se expressava com tom de palanque eleitoral. Detalhe, naquelas rodas era praticamente proibido (subjetivamente) discutir religião ou política. Aí não, isso fere a opinião do amigo. Ora, uma coisa tão pessoal...
Daí para xingamentos e ofensas era um pulo. Começavam a expor uma imensa quantidade de argumentos e estatísticas; por pouco não saía uma prova de média e desvio padrão a fim de atestar o que era defendido por cada torcedor. Até gráfico de Pareto vi ser riscado no chão para explicar o rendimento de certo jogador e/ou time; não que nós soubéssemos o que era um gráfico de Pareto, todavia era preciso explanar... Explanar era preciso. Viver não...
Nesse meio entravam os mais velhos assegurando que Reinaldo era melhor que Pelé e Tostão que Romário - naquela época eu não concebia a hipótese de alguém ser melhor que o Baixinho.
Até menino pequeno entrava na celeuma.
Certa vez uma senhora, que era técnica do time do Cristal de São Benedito e chegada numa cachaça, disse-me que já tinha batido uma aposta de que se o Cruzeiro perdesse um clássico comeria meio quilo de merda. Merda mesmo!
Bem, segundo ela, os celestes venceram com sobra o clássico; vai saber... História é história...

Mas o que eu queria dizer é que no final, quando as gargantas já tinham se secado pelos debates incandescentes, o vô Nilson já estava longe há muito tempo. Ele apertava o gatilho daquele pandemônio e ia pra casa numa paz tibetana. Entendi que dava pra se discutir Futebol até o fim dos tempos... Êita vida besta meu Deus!

Bem, por hoje chega de falar das coisas que eu vi há mais de 48 horas.

O Galo fez um jogo nervoso (pelo menos pra mim) no domingo, mas mostrou qualidade técnica e encaçapou três no “poderoso” campeão da Copa do Brasil. Será que o Palmeiras vai disputar a Libertadores na segundona do Brasileirão... Enfim, pra mim não faz a mínima.

Os celestes começaram danando o “Ixpor” e aceitaram a caçambada dos nordestinos. Olha, não sei bem o que pensam os cruzeirenses a respeito do time, mas o que vi nos jogos foi uma correria meio desorganizada do time azul. Vai meio ao toque de caixa e na boa fé da raça. Montillo, nos jogos que vi, sente falta clara de um jogador que seja para tabelar com inteligência, acho até que um meio fio ajudaria mais o pobre – quem já tabelou com meio fio sabe do que estou falando. Sinceramente, esse cara é o Hermano que os cruzeirenses deviam carregar com todo carinho, mais até que o Sorín. Complicada a situação do argentino.

No mais é bola pra frente (diferente da seleção do Mano).

Grande abraço a todos vocês meus caríssimos.

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