Cruz do Mundo
A Nélio Souto
Eu não serei a cruz do mundo.
A cruz que salva.
Não serei.
A cruz pesada nos ombros de meu
amigo.
Comprimindo em toda dor seu
coração imenso.
Serei menos ainda.
Estarei por aí a questionar quando
enxergar.
Enquanto escuridão, a me enganar.
Em todas as cavernas que estive.
De quantas saí?
Onde nasci vi gente que
clarificava a vida.
Apalpando-a.
Senhor nos proteja da cegueira.
Besta e contínua.
Transpiro.
Vou me derretendo.
Depois de ter feito o possível
embelezar.
Um ipê pingando suas flores.
Imensos cogumelos das minhas
avenidas.
Deveras, o fim da primavera não
serei.
Mais um gol.
Nada mais se cessa.
Nova esperança neste mundo cinza.
Um parto grito.
Um parco mito.
__ Mais um gol pra essa gente meu
Deus!
JFCNeto 09/09/12
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