quarta-feira, 24 de abril de 2013

Lista Futebolística 24Abr2013 – Uma viagem incrível e um joguinho terrível


Kon ban wa a todos vocês meus caríssimos da Lista Futebolística.



Aos que não sabem, o Japão é demais!!!

Eu , Amanda e nosso Pedro adoramos o país. Foi uma viagem deslumbrante e inesquecível. O povo é super educado e as novidades surgem a todo o momento. Realizamos um sonho e quando der voltaremos.

Falando das terras de cá.

O mineiro, sim, o ser ou povo mineiro, tem certos comportamentos que deixam explícito o rancor pelo não reconhecimento midiático. Somos cheios de orgulho da nossa terra e costumes, daí temos uma mágoa escancarada dos meios de comunicação nacionais pelo pouco caso que se faz em rede nacional de Minas.
No entanto, nossa mágoa escancarada é escancarada ao modo mineiro. Cheio de ironia e prontidão. O mineiro é sarcástico. Quem já deu a sorte, ou azar, de conversar com um velho mineiro praticante da sátira mineira sabe do que estou falando. Ele é capaz de te levar na conversa tirando um sarro enorme da sua cara.   

Ontem, no Mineirão, a torcida mostrou mais uma vez o que falo. Pra começar, aqui sempre se vaia o trio de árbitros antes dos jogos e até mesmo na volta do intervalo. Uma demonstração da antipatia histórica pelos homens de preto; justifica-se pelos inúmeros jogos em que Atlético e Cruzeiro foram prejudicados ao longo dos anos. O Galvão Bueno é persona non grata no Mineirão. Acho até que se andasse pelos corredores do estádio seria facilmente agredido.

A seleção brasileira, símbolo da CBF, não passa em branco aqui se não jogar o fino da bola. Ontem, num dia em que ninguém jogou nada, o time foi vaiado quase o tempo todo. Gritaram olé para o time chileno, que sempre foi um adversário simpático e bom de enfrentar num momento de crise para elevar o moral. Eles têm bom futebol, mas não causam o drama de uma Argentina ou um Uruguai. Ontem a fórmula não deu certo e o mais justo seria uma vitória chilena em pleno Mineirão bonitão preparado para Copa das Confederações. Os repórteres da Globo comentaram o fato das vaias ao Neymar justamente no lugar onde foi aplaudido por uma torcida adversária. Eles não conhecem nada de Minas. A torcida azul não ovacionou o craque porque ele veio aqui e acabou com o jogo, eles estavam vaiando às avessas o próprio time, que tomava um sapeca-iá-iá em casa.

 Só sei que eu continuo apostando a caixa de Heinenken que perderemos a copa aqui no quintal de casa.

Das coisas que não tenho expressividade para detalhar:

Fiquei preocupado porque depois que saí do Brasil o Galo perdeu e arranjou uma pedreira na Libertadores, no entanto, de qualquer jeito seria pedreira;

Passei no Canadá e lá faz um frio danado;

O país é bonito, mas, pasmem, não existe prioridade para gestantes;

Tive um problema danado com as máquinas no Japão;

Numa máquina de Coca Cola enchi com chá um copo de 500 mL, os japas riram de mim;

A Amanda descobriu como a máquina funcionava e me ensinou;

No outro dia me senti o tal ao tentar ajudar uma dona chinesa a resolver o problema com a bendita máquina. Peguei o copo da mão dela, num ar professoral, e ela me olhou estranho. Ia ser minha redenção se a máquina não tivesse acabado o refrigerante na hora. Devolvi o copo pra senhora num ar de sinto muito e ela continuou me olhando estranho;

No café da manhã, numa máquina com cinco botões, enchi um copo com chá, um com leite, um com água quente e outro com capuccino. Eu queria café, só isso;

Deixei os copos cheios ao lado da máquina e saí da fila com vergonha;

A Amanda foi até a máquina e percebeu que ao lado da escrita japonesa estava também escrito em inglês;

Daí apertou o quinto botão e pegou o café para mim;

No corredor do hotel, onde tinha uma máquina de refrigerantes e em frente a ela uma de gelo, me inclinei para escolher o refrigerante e ouvi o barulho dos cubos de gelos caindo. Estranhei me recompondo e pensando que a máquina estava com problemas. Daí me inclinei novamente para por as moedas e escolher o refrigerante quando a máquina de gelo disparou uma metralhadora de cubos de gelo;

Após pegar meu refrigerante percebi que quando me inclinava encostava o traseiro no sensor da máquina de gelos. Quase enchi o corredor do hotel de gelo. Que vergonha e coragem de contar isso;

Em outro hotel apertei sem querer o botão de emergência do banheiro e fiquei com receio de apertar novamente e o BOPE japonês invadir o quarto. A Amanda resolveu pra mim;

Fora essas, as outras máquinas são ótimas. O metrô, o trem bala, os carros, as máquinas de bilhete e trocar dinheiro, os ônibus e, principalmente, a privada (olha o painel na foto). Usar uma privada japonesa é como ser um andróide, um lado muito íntimo seu passa a ser meio máquina;



Enfim, não vou detalhar.

Grande abraço a todos vocês meus caríssimos. Arigatogozaimashita!

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