Boa noite a todos vocês meus caríssimos da Lista
Futebolística.
Lá nos campos de várzea de Santa Luzia quando vinha um time
visitante de longe, tipo Belo Horizonte, e acontecia a miséria do time ser
muito melhor que o da casa, a confusão estava armada.
Sim, aquela história do dono da bola que para a pelada se as
regras não estiverem do seu gosto era quase uma lei.
Por exemplo, se os visitantes estivessem vencendo por mais
de dois gols antes dos 30 minutos do primeiro tempo era certo que o jogo não
acabaria. Rapidamente alguém arranjava uma confusão e o campo virava uma praça
de guerra com pedra, paulada, gente dando voadora, muita poeira, gente da
arquibancada (que era o barranco), vendedor de chup-chup, curiosos. Tinha de
tudo para botar os desrespeitosos correndo longe dos domínios de cá. Esse papo
de reconhecer superioridade era lenda... Coisas da várzea.
A Copa começou e eu nem aí. Tanto que no dia da estréia estava
viajando. Depois vi que a nossa seleção teve dificuldades para vencer a fraca
Croácia, com direito a pênalti cavado. No jogo contra o México, que eu sabia
que seria a pedreira de sempre, veio um empate magro e sem graça. Na imprensa
aquela tentativa de implantar uma imagem desbotada de uma seleção, que não
existia.
Veio a fraquíssima seleção de Camarões e começou a ilusão.
O Chile que nunca foi páreo, por muito pouco não passa a nos
causar inveja também pelo futebol. A Colômbia, também mediana, se apequenou
diante do Brasil. Até aí tudo em casa. Uma verdadeira Copa América de padrão FIFA sem a
Argentina e o Uruguai.
Eu acompanhei os jogos da Alemanha, da Holanda e da França.
Fiquei impressionado com a disciplina tática e o futebol que essas seleções
apresentavam. A Holanda pelos jogadores
excelentes, a França pelo toque e a Alemanha, por tudo isso e um pouco mais.
Caríssimos, foi feio. Mas muito feio mesmo.
Quando era
pequeno chorei pela desclassificação na Copa de 1990 para a Argentina e odiei
durante anos o Caniggia. O tempo foi passando e minha paixão pela seleção foi
só diminuindo. Chegando ao ponto da indiferença total.
Porém, depois dos 5x0
não há indiferença que resista. Tive dó daquele símbolo de time da minha
infância e fiquei pensando no menino novo de hoje vendo o que esse time
conseguiu.
Quem ainda tem a capacidade de gostar da seleção e torceu
verdadeiramente nesta Copa, não se esqueça de agradecer aos alemães pela
piedade. Poderia ter sido de muito mais...
Das coisas que eu quero falar:
- Estava com a estranha sensação de que uma goleada viria, mas nunca como foi;
- Um viaduto enorme caiu, vocês ficaram sabendo?;
- A seleção não tinha meia, laterais, atacante e centralizava tudo no Neymar. Até cego sabia disso;
- Embora eu acredite que o Neymar faria diferença alguma neste jogo;
- Os alemães chegaram a um nível de futebol que nós estamos muito distantes;
- Será que o resultado da copa influenciará nas eleições?;
- Será que o Dilmo, a nossa presidanta, dormirá bem?;
- Valeu a pena essa dinheirama toda para a copa?;
- Acho que o Brasil disputará o terceiro lugar contra a Argentina. Menos mal para nós e para eles. Pois se conseguirem a façanha de chegar à final serão igualmente pisoteados;
- O ruim será se perder para os hermanos;
- Obrigado Raja Casablanca por ter vencido o Galo no tal mundial de clubes. Para quem não sabe o Bayern (que é a base desse time monstro que jogou no Mineirão hoje) seria o adversário do Galo e 7 seria pouco;
- Eu ri demais das piadas do Whatsapp após o jogo;
- Como é bom o goleiro alemão, aliás o time todo;
- Na pelada de rua quando um time é bem superior ao outro propomos uma mescla para equilibrar as coisas;
- O atacante Klose me fez muito feliz ao marcar seu gol e virar o artilheiro de todas as copas (#chupagordo);
- Enfim caríssimos, ficou barato. Pasmem, mas cabia bem mais.
Grande abraço a todos vocês meus caríssimos.
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