Boa noite a
todos vocês meus caríssimos da Lista Futebolística.
Outro dia a
presidento Dilmo recebeu o jogador celeste Tinga em Brasília. A recepção
aconteceu após o jogo em que o jogador foi insanamente ofendido com insinuações
racistas. Um enorme desrespeito e atitude desprezível.
Um contra-senso:
Nos estádios de
futebol ser chamado, ou chamar alguém, de viado, gay, bicha, corno, fdp,
arrombado, macaco, etc é coisa normal. Sim, não vou adotar a postura hipócrita
tipo Rede Globo e dizer que isso não pode ser chamado de “normal”.
NORMAL não quer
dizer que seja adequado e/ou louvável. O sujeito vai ao campo e ofende a
família, a honra, as origens, as opções sexuais e o que puder a fim de causar o
desconforto e o descontrole dos jogadores e da torcida adversária. Tamanha cegueira
leva gente comum, e em muitos casos de bem, a se transfigurar quando entra no
estádio. Brota uma tendência assassina, ofensiva, raivosa e independente de
circunstâncias. Meu time tem que vencer!!! Se viver é perigoso, o torcer também
é.
Mas qual a
origem do mal? Hannibal Lecter?
Não, os próprios
agentes do espetáculo.
O futebol é um
esporte de pura má fé e canalhice. O jogador sabe que a bola tocou nele por
último ou que cometeu uma falta, mas mesmo assim mente, briga, esperneia e
quase chora tentando convencer o árbitro e o mundo de que está certo. Os
jogadores provocam a torcida, o técnico manda entrar para machucar o craque do
time adversário, o dirigente mente nas entrevistas, a arbitragem é corrupta e
tendenciosa, os comentaristas são demagogos, todos se ofendem e até o gandula
entra na catimba.
Imaginem isso: “Olha
professor, eu cometi o pênalti mesmo.”
Ou então: “Eu
botei a mão na bola sim.”
A Libertadores é, para mim, o melhor exemplo
do quanto o futebol pode ser deselegante e sem nobreza. Da mesma maneira, os campeonatos brasileiros
são os melhores exemplos do quanto a corrupção é forte e disseminada neste
país. Daí, não dá para exigir comportamento decente quando o espetáculo é
indecente.
A beleza do
esporte fica reduzida aos lampejos dos craques e a emoção, mais nada.
O campeonato mineiro acabou em
empate, mas o cruzeiro levou o taça. Os dois times, nos dois jogos, mostraram
enorme capacidade de perder gols. Como sempre, o campeão diz que ganhou um
título e o perdedor afirma que o rural não é de nada. O pênalti não dado pela
arbitragem no fim do jogo salvou o Galo de cair numa zona de conforto e,
consequentemente, de não ver os erros que vem cometendo. E salvou o Cruzeiro de
ser penalizado pela displicência nos momentos decisivos. No fim, 0X0 e nada
mais.
Das coisas que eu quero falar:
- Até hoje não sei porque o Dilmo chamou o Tinga. Será que a presidento queria dar colo ao jogador?;
- A frase do título da postagem foi dita pelo goleiro do Flamengo após vencer o Vasco na final do carioca com um gol pra lá de irregular;
- Justo o Clube de Regatas Flamengo (Plim Plim);
- Associar o verbo roubar ao Flamengo é o mesmo que ligar o nome à pessoa;
- O Pelé, sim a majestade, disse que a morte de um operário não importa. Pois só importa a Copa;
- Pode um cara mais imbecil???;
Grande abraço a todos vocês meus
caríssimos.
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