sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Cantada à Senhora de Divinópolis



Depois de muito tempo.
Numa madrugada uma mulher me tirou do sério.
Tirou-me da inércia.
Mais que por minha massa em movimento.
Aquela senhora me encantou.
Um tronco morro acima.
Ah! Adélia, que Prado cheio.

Queria ser seu filho, irmão, namorado, pai...
Um vizinho que fosse para te importunar.
Queria ter de suportar sua voz durante o dia.
Devorar crua.
Petiscar ao azeite.
Dedicar um poema.
Morar eternamente na sua bagagem.

Por você eu não morreria.
E besta sou de pensar na morte e perder sua existência?
Jamais!
Vossa Majestade me encheu do viver.
Sua voz, suas letras e sua história.
Na minha verdade, Adélia é que é mulher de verdade.

Viva sempre!

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