quinta-feira, 17 de junho de 2021

Topologia

Que tipo de gigantes somos debaixo de todas as coisas?

Do divino ao descartável.

Nos desalentos e alegrias a dose certa...
O que devemos rebater?

Nos clarões de certeza, o tamanho de nossa sombra.
Qual a magnitude das dúvidas afrontando nossa estatura?
O que podemos olhar por cima e para quais milagres devemos saber nos curvar.

_ Eu mesmo queria que o tudo nos fosse caro demais para podermos enxergar. Do contrário, gratuito o saber de tudo.

Em cada esquina há um amante enganado.
Nos ônibus e nas lojas.
Um ser pensante pensando ser maior do que é.
Haverá o tolo que jamais saberá o quanto é valioso.
Nesse intervalo de tempo chamado vida.

Deve existir uma referência...
Para evitarmos essa mediana.
No espaço, no tempo e nos convívios.
A métrica das circunstâncias que nos limita.

_ Enquanto uma moça bonita ou o sorriso da infância nos absorve. Outrora um estúpido nos exorta.

O quanto sentir em tudo ou em cada momento.
Qual deve ser a sede ou a fome?
Quais as doses devidas de sofrer ou de prazer.
Na topologia do desconhecido que nos contém.


                                                                         JFCNeto 

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